A recente comunicação dos Estados Unidos oferecendo "qualquer apoio necessário" à Secretaria de Segurança do Rio de Janeiro foi considerada inadequada por especialistas. Embora os norte-americanos frequentemente interajam com governos subnacionais de outros países, analistas consultados pela Agência Brasil destacaram preocupações de soberania. Referindo-se a episódios como a operação Lava Jato, o professor de relações internacionais Bruno Lima Rocha lembrou dos vínculos diretos entre o Brasil e o FBI, e afirmou que a abordagem do governo Trump reflete práticas da Guerra Fria. Raphael Lana Seabra, da Universidade de Brasília, considerou a oferta de ajuda "incomum e inadequada". Seabra argumenta que os EUA deveriam focar em seus próprios problemas com drogas e criminalidade, enquanto Rocha destaca que classificar facções criminosas como terroristas distorce o contexto criminal e pode agravar tensões regionais. O governo do Rio de Janeiro afirmou ter uma interação constante com instituições antidrogas de vários países, negando qualquer permissão para ações em solo brasileiro fora do permitido por lei. A interlocução com o DEA se limita à troca de informações, sem envolvimento direto em operações internas.